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Hormônios influenciam o resultado da cirurgia plástica? Explico de forma simples

Hormônios influenciam o resultado da cirurgia plástica

Se você usa anticoncepcional, faz reposição hormonal ou tem alterações hormonais, esse assunto precisa entrar na nossa conversa da consulta. Hormônios podem mexer com risco de trombose, inchaço, cicatrização e até com alguns detalhes da técnica cirúrgica. A boa notícia é que, com planejamento, dá para operar com segurança e ter um pós mais tranquilo.

O que os hormônios podem mudar

De forma geral, tratamentos que têm estrogênio tendem a aumentar um pouco o risco de trombose quando comparados a não usar hormônios. Já métodos apenas com progestagênio costumam ter risco menor. Isso não é igual para todo mundo, por isso eu avalio o seu caso: qual método você usa, sua saúde, seu histórico e o porte da cirurgia.

Trombose e inchaço: como reduzir o risco

Cirurgia por si só já aumenta a chance de formar coágulos. Se somar anticoncepcional combinado ou reposição com estrogênio, o risco pode subir mais um degrau. Em alguns casos vale pausar o anticoncepcional combinado por algumas semanas antes da cirurgia; em outros, dá para manter e reforçar a proteção contra trombose. A decisão é individual.

No meu protocolo, avalio seu risco, oriento meias de compressão, movimentação precoce, hidratação e, quando indicado, medicação preventiva. Isso também ajuda a controlar o inchaço nas primeiras semanas.

Cicatrização e pele: onde os hormônios entram

Hormônios conversam com a pele. Eles podem influenciar retenção de líquido, inflamação e produção de colágeno. Em português claro, isso significa que você pode inchar um pouco mais ou demorar um pouquinho a desinchar, e algumas pessoas têm cicatrizes mais “reativas”.

Nada disso impede a cirurgia, mas pede ajuste de rota: controle de edema, gel ou placa de silicone quando liberado, hidratação caprichada e revisões de perto. Sono de qualidade e proteína suficiente na dieta também contam a favor da pele.

Técnica mais segura: o que eu adapto para você

Aqui entram escolhas que somam no resultado:

  • Tempo de cirurgia o mais curto possível, sem perder qualidade.
  • Profilaxia de trombose ajustada ao seu perfil, do elástico de compressão às medicações quando indicadas.
  • Plano anestésico combinado com o anestesista para reduzir náusea, retenção de líquido e dor.
  • Alta segura com passo a passo de hidratação e caminhada desde o início do pós.

Esses cuidados deixam o inchaço mais previsível e ajudam a cicatriz a evoluir melhor.

Planejando o pós quando há hormônios em uso

anticoncepcional influenciam o resultado da cirurgia plástica

Se o seu hormônio não pode ser suspenso, eu converso com seu ginecologista ou endocrinologista e ajusto o plano de proteção antitrombótica e o acompanhamento. Se puder pausar, definimos quando parar e quando retomar, sem bagunçar seu ciclo. Em todos os cenários entram rotina de movimentação, meias de compressão, água suficiente e cuidados simples para domar o inchaço.

Expectativas realistas evitam frustração

Alguns hormônios fazem o inchaço durar um pouco mais no começo. Saber disso antes acalma o coração e ajuda você a enxergar o progresso real no espelho, semana a semana. Também combinamos como será a rotina da cicatriz. Pele bem cuidada e hidratada quase sempre entrega um acabamento mais bonito.

Dá para manter o hormônio em alguns casos

Em procedimentos menores, com risco baixo e profilaxia bem feita, muitas vezes é possível manter a terapia hormonal. Não é regra para todos, é individualização: avaliamos juntos o que é mais seguro para você.

Sobre o autor | Website

Dr. Jorge Moulim – CRM 7797-ES e RQE: 5959 Formação acadêmica: * Residência médica em cirurgia plástica pela Universidade Estadual Paulista * Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) * Membro da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética * Membro do Colégio Brasileiro de Cirurgiões

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